sexta-feira, junho 20, 2008
terça-feira, junho 17, 2008
Anteprojeto UNIVESP - EaD
Projeto feito pela secretaria do ensino superior e divulgado gentilmente pelo professor Bayardo Torres da química. Clique aqui para fazer o download em formato .doc
segunda-feira, junho 09, 2008
FESTA JUNINA
Olá,
Como todos sabem a nossa festa junina será dia 27/06. Quem quiser montar barraca é só mandar um email para sphncabio@gmail.com Todos são bem vindos, porém cabe dizer que nenhuma barraca poderá ser usada para lucro próprio. TOdo o lucro das barracas deverá ou ir para uma entidade estudantil (ca/dce/atlética/comissão de formatura etc.) ou para comprar algo para o espaço do CA. Alguymas ponderações devem ser feitas. As barracas são responsáveis pela limpeza de seu espaço, não podendo deixar nada jogado ou sujo dentro de seus limites. Todas devem ter compartimentos de lixo. Não pegaremos nenhuma porcentagem das barracas, porém o aluguel dos andaimes para construção e da faxineira e material de limpeza será dividido igualmente. Algumas pessoas já reservaram barracas:
CABIO - CERVEJA
Vôlei feminino da atlética - DOCES
Hand feminino da atlética e comissão de formatura - Vinho quente e quentão
DCE - Jurupinga
USe a criatividade e monte sua barraca.. quanto mais melhor será nossa festa.
Marcadores: festas
quarta-feira, junho 04, 2008
Projeto do EaD na Bio
Está disponível para download o projeto do EaD na Bio, que foi votado na última congregação. Para baixar, clique aqui.
CABio Informa
O V Congresso:
Na semana anterior ao V congresso os funcionários decidiram se retirar do mesmo, dada a não liberação de ponto dessa categoria por parte da reitoria. Colocado isso, a assembléia dos estudantes de segunda feira dia 26/05 entendeu que não havia a possibilidade de realização do congresso sem a presença de uma das categorias, deliberando pela realização de um calendário para a semana, que continha atos, como o piquete de protesto na reitoria, e muitos grupos de discussão não deliberativos (dos quais os professores e os funcionários foram convidados a participar) e, no fim, uma plenária em conjunto dos três setores para sexta feira.
Na quarta feira, uma comissão do conselho universitário se reuniu sem a convocação da representante discente. Essa comissão escreveu um relatório pedindo a intervenção policial no piquete da reitoria entre outras medidas. Foi convocada uma reunião extraordinária do CO com várias irregularidades (ver blog do CA com relato de uma das RDs sobre como foi esse CO). A reitora sabia em tempo real o que acontecia numa plenária dos estudantes que acontecia ao mesmo tempo, o que denunciou o fato de haver infiltrados na plenária, que mandavam informações para a reitora.
Quando isso foi colocado na plenária, alguns “membros” que se diziam estudantes saíram e mais alguns foram interrogados depois se era estudantes e estes assumiram que eram informantes e também saíram da plenária.
O piquete acabou na quinta feira, antes do prazo da reitoria para usar de força policial e aconteceu o ato na reunião do CRUESP (Conselho de reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e a plenária entre os três setores.
Assim que o DCE disponibilizar as deliberações da plenária conjunta enviaremos aos estudantes através do nosso blog.
Congregação: Criação do ensino a distância na bio
Dia 30/05 aconteceu uma congregação ordinária do IB. Na pauta: Estrutura curricular de 2009; Composição de comissões; Contrato docente; Concurso público para o cargo de professor doutor; solicitação de cargos de professor titular. Porém, chegando lá os RDs foram surpreendidos por uma pauta complementar, que não havia sido enviadas a eles: A criação do curso de licenciatura à distância no IB. Tal pauta foi deixada por último.
Durante o decorrer da congregação algumas boas notícias foram dadas. O plano diretor do IB foi aprovado e nele consta a mudança de biblioteca para um novo prédio e construção de salas de aula no local. Esse é um projeto muito bom pois a biblioteca no primeiro andar é muito mais seguro no caso de incêndios ou qualquer acidente, além de poder ampliar-se mais facilmente. As salas novas ainda ampliarão a capacidade didática do nosso CD e quem sabe com isso poderemos ampliar ainda o número de nossos alunos presenciais. Tal projeto ainda precisa passar pelo COESF (coordenadoria de espaços físicos da USP)
Outra boa notícia é que durante a discussão de quais deveriam ser os critérios para o concurso para cargo de professor titular no IB, os RDs sugeririam que além de analisar somente a produção científica, os professores também deveriam ser analisados pelos projetos de extensão que estão envolvidos. Isso é um passo importante para a valorização do “pé manco” do tripé ensino-pesquisa e extensão.
Por fim, foi aprovada já a segunda contratação de professores especialistas em ensino para a área de botânica e genética.
Após a discussão do expediente, passamos a pauta complementar. Os RDs deram o informe do plebiscito que o CA realizou ( à saber as perguntas e os resultados respectivamente: Você é a favor da implementação da graduação "licenciatura em biologia" por ensino à distância no IB? 165 não; 27 sim e 5 nulos/brancos. Você concorda com a implementação do Centro de Produção Digital (CPD) no Centro Didático? 118 não; 72 sim e 7 nulos/brancos. Você concorda que projetos possam ser pré-aprovados pela diretoria do instituto, dispensando o debate nas instâncias deliberativas do I B, como foi o caso do CPD? 180 não; 11 sim e 6 brancos/nulos).
Infelizmente, a partir desse ponto, a congregação passou a agir de maneira extremamente autoritária com os estudantes. Os RDs se inscreveram diversas vezes para fazer falas e todas as vezes foram interrompidos, algumas vezes grosseiramente, por membros da Congregação e, também, pelo próprio diretor, que deveria coibir e coordenar os trabalhos desse conselho, dizendo que os RDs mentiam, que só falavam “besteiras”, que eram desinformados, que organizam “plebiscitos sem informação” etc.
Essa postura é lamentável e o CA repudia veementemente tais atos. Cabe dizer também que este não foi um ato generalizado e diversos professores se portaram como condiz a sua condição de membros de um espaço de discussão e deliberação e que se portaram educadamente.
Foi pedida uma questão de ordem pela Prof. Elizabeth Hofling pedindo que a votação fosse adiada pois tal projeto não foi passado pelos conselhos. Essa deliberação foi ignorada pela mesa que votou o projeto mesmo assim. Aliás, a aprovação não foi do projeto, por ele estar em desacordo com normas do MEC, como os estágios obrigatórios em licenciatura, por exemplo. A aprovação foi da “essência” do projeto, cabendo mudanças “pré-aprovadas” do mesmo pela comissão responsável. Para ler o projeto acesse blog do CABio e clique no link. O projeto nos dado, já que não tínhamos recebido a pauta, é do professor Sérgio Vanin e aqui vai nosso agradecimento pelo ato de nos entregar seu material para que pudéssemos publicá-los a todos. (faça o download no blog do CABio).
Diante desses fatos o CABio chama todos os estudantes para uma tarde de debates e discussões sobre esse tema. Dia 6 de junho à partir das 12h30 ocorrerão debates com convidados a confirmar, cafés com bolacha, mesas de discussão e de proposta de ação dos estudantes. Compareçam!
Avaliação de professores
O CABio realizará a avaliação das disciplinas, dos professores e da grade de ciências biológicas do nosso curso. Os resultados serão disponibilizados à todos os estudantes e professores. Além disso pediremos aos professores uma avaliação da turma. Para sugerir perguntas apareça no CA na sexta feira as 15hrs para discussão e proposição.
Festa Junina:
O CAbio realizará uma festa junina no dia 27/06 e precisa da ajuda de todos. Quem quiser montar barraquinhas é só falar com o CA ou mandar email para sphncabio@gmail.com Cabe lembrar que barracas que visam o lucro próprio não serão aceitas. Todo lucro deve ser revertido para alguma entidade estudantil ou para comprar coisas para o nosso espaço. Para ter maiores informações sobre as festas do CA acesse nosso calendário através do blog.
Resposta da CG à carta dos estudantes
A CG enviou resposta à carta dos estudantes. Faça o download dela, em formato .pdf clicando aqui.
terça-feira, junho 03, 2008
Relato de uma RD sobre o Conselho Universitário extraordinário
Caros colegas pós-graduandos,
Escrevo para relatar a segunda reunião que participei do Conselho Universitário. Infelizmente os detalhes desta não são bons, nem o resultado positivo, como foram os da primeira (em que conseguimos prazo para apresentação de parecer sobre o novo regimento).
Minha exposição estará dividida em 10 tópicos: 1. Convocação; 2. Ordem do Dia; 3. Documento produzido na CLR; 4. Fala do Prof. Rodas; 5. Desenrolar da reunião; 6. "Abertura" das negociações; 7. Apresentação do resultado das negociações e fim do debate; 8. Encaminhamento das deliberações; 9. Encerramento da reunião; 10. Avaliação.
1. Convocação
Às 15h30 recebi um telefonema do Fernando Rugitsky (também Conselheiro do Co), dizendo que tinha ficado sabendo por um colega da APG de uma reunião extraordinária do Co, que aconteceria às 17h no Ipen. A informação teria vindo de um colega Professor, Pablo Ortellado (EACH, representante único dos Professores Doutores). Pediu que eu verificasse se havia sido convocada por e-mail ou se alguém tinha me ligado: nem uma coisa, nem outra. Tentei ligar na Secretaria Geral que, obviamente, estava fechada. Às 16h45, recebi um e-mail-convocação (Abaixo), para a reunião que começaria às 17h.
Minha convocação não foi excepcional: nenhum dos RDs – da graduação e da pós-graduação – foi convocado. A existência do Co era conhecida desde 13h de ontem, tanto que alguns professores foram avisados por telefonemas. Além das diferentes formas de convocação também recebemos tratamento diferenciado para a entrada no IPEN (local de difícil acesso sem autorização na portaria, como constatamos), já que nem os nomes dos Representantes Discentes nem os dos funcionários estava na lista de acessos permitidos. Quando um dos RDs chegou o funcionário da portaria espantado ainda perguntou: "Mas os alunos vão participar?!".
Apesar da nenhuma antecedência da convocação e das dificuldades de acesso, todos os 5 RDs da Pós-Graduação estiveram presentes, bem como 7 dos 9 RDs da graduação. Os problemas de convocação foram ressaltados em diversas falas ao longo da reunião e para eles não foi dada NENHUMA explicação, até agora.
Aliás, aparentemente, houve tratamento desigual também entre os professores. Alguns (como o Diretor da Odontologia), foi avisado com a mesma antecedência que nós, outros venceram as 4 horas de viagem que separam Ribeirão Preto de São Paulo, o que indica que, talvez, e só talvez, os Professores mais insistentemente chamados tenham sido aqueles que certamente dariam suporte à decisão da Reitoria.
2. Ordem do Dia
Na ordem do dia, apenas duas pautas:
"REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO
28.05.2008
ORDEM DO DIA
Deliberar sobre bloqueio aos acessos do Prédio da Reitoria.
1. Parecer da CLR: será distribuído durante a reunião."
O que seria este tal documento da Comissão de Legislação e Recursos (CLR), não sabíamos. A pauta era exatamente a copiada acima, ou seja, totalmente genérica.
3. Documento produzido na CLR
O documento produzido na CLR, reunida ontem mesmo, entre as 13h30 e o momento do Co, começa assim:
"Reunida a CLR, em 28 de maio, às 13h30, por convocação extraordinária da Magnífica Reitora com a finalidade de análise e apresentação de proposta para deliberação do Conselho Universitário quanto à liberação dos acessos do prédio da Reitoria, obstruídos por alunos e funcionários no dia anterior, passa a fundamentar, para, afinal, propor:"
Seis são os fundamentos que invoca, nenhum excepcionalmente relevante, exceto o 4 e o 5, que reproduzo abaixo:
"4. Está comprovado que a realização do V Congresso foi apoiada administrativamente pela Reitoria e que não foi impossibilitada a presença de funcionários e docentes ao referido certame;
5. Justificada a solicitação, por escrito, feita pela Magnífica Reitora, em 27 de maio, para "apoio da polícia militar para desobstruir os acessos da Reitoria". A continuidade da obstrução não é pressuposto de diálogo, que pode continuar em paralelo ao funcionamento da Reitoria e da Universidade;"
Ou seja, o que ela pede é justificação e legitimidade do Co para ato que ela já havia tomado no dia anterior, chamar a PM. O documento continua:
"A CLR sugere, por unanimidade, ao Conselho Universitário, que recomende enfaticamente à Administração da Universidade:
A) reiterar a solicitação de desobstrução forçada dos acessos, caso não haja liberação até a o h do dia 29 de maio;
B) interpor medidas judiciais cabíveis (inclusive reintegração de posse) com pedido de liminar, se a desobstrução, na forma acima, não se concretizar;
C) retomar negociações com alunos e servidores, caso necessário, somente após a desobstrução dos acessos;
D) identificar os envolvidos nos atos acima descritos, apurando-se, na forma da lei, as responsabilidades administrativas."
O documento foi assinado pelos 6 membros da CLR, excetuando-se apenas a Representante Discente que não foi convocada para a reunião. São eles: João Grandino Rodas (FD), Walter Colli, Edson Ticianelli, Ana Maria Vanin, Holmer Savastano Jr, Colombo Celso G. Tassinari.
4. Fala do Prof. Rodas
O Prof. Rodas, Diretor da Faculdade de Direito que, no ano passado, realizou a desocupação forçada da São Francisco com a invasão da tropa de choque – abrindo um precedente odioso na história – é candidato a Reitor da USP, segundo boatos do Co, condizentes com sua postura.
Após a Reitora ter feito uma fala expondo os fatos, na qual reforçava a idéia de que deu todas as condições para a realização do V Congresso, estava cumprindo sua parte no termo de compromisso assinado para o fim da ocupação do ano passado, e quem o estava descumprindo eram os estudantes, o Prof. Rodas tomou a palavra para expor o documento.
Entre tantas outras coisas, fez um diagnóstico da situação da USP: os estudantes e funcionários permitem-se o absurdo de interromper as nobres atividades desta Universidade porque os tratamos com benevolência. Acredito que seja o momento de começarmos a tomar medidas mais firmes, recorrendo inclusive a força policial quando preciso, e levarmos com rigor os procedimentos administrativos e suas punições quando cabíveis. Ou seja, é preciso endurecer o tratamento com os "arruaceiros", desmobilizados – porque não conseguiram organizar o Congresso da USP, quando a Reitora deu todo o suporte necessário. Não nos traz bons pressentimentos esta declaração somada ao fato dele ser candidato a Reitor, não?
5. Desenrolar da reunião
Diversas falas contrárias ao documento foram feitas, por todos os representantes discentes, pelos funcionários presentes, por alguns professores (Profa. Lizete, Profa. Zilda, Prof. Pablo Ortellado).
Algumas falas apoiaram a aprovação do documento. Diversas vezes se enfatizou a desmobilização dos estudantes e dos funcionários, ah, e dos professores também, para organizar o V Congresso. Muitas falas sobre a surpresa com a desorganização, sobre o quanto era lamentável o Congresso não ter acontecido e a oportunidade que a USP tinha perdido de se discutir. Continuavam, após atacar todo o movimento, ressaltando o quanto a atitude de fechar as entradas da Reitoria era uma atitude autoritária e deveria, portanto, ser rechaçada tão logo quanto possível.
Em diversas falas foram apontados os problemas de convocação daquele Co, o fato da RD da CLR não ter sido convocada para a reunião – ao contrário dos outros 6 membros, ou o fato da Reitoria não ter liberado os funcionários.
6. "Abertura" das negociações
Ainda no início das falas a Profa. Lizete, percebendo a necessidade de fazer alguma coisa para que aquele documento absurdo não fosse aprovado, começou a negociar com os membros da mesa (Reitora, vice-Reitor, e Secretária Geral) a possibilidade de negociação. Articulou alguns professores para participar, chamou estudantes e funcionários e abriu negociações, com aparente respaldo da Reitora.
Havia uma Assembléia de estudantes e funcionários em frente à Reitoria, decidindo o que fazer quanto ao piquete. A primeira deliberação foi suspender o piquete ontem e retomá-lo às 6h de hoje. Com esta decisão, porém, não era possível negociar. Entramos em contato com eles para reinstalarem a assembléia e cederem a uma negociação com a Reitora, para que não fosse aprovado o absurdo documento que nos fora apresentado. A Assembléia decidiu que, sim, poderíamos compor uma comissão paritária de negociação.
7. Apresentação do resultado das negociações e fim do debate
Chegamos, assim, a um bom termo e fizemos a proposta formalmente para a reunião do Co: suspenderíamos o piquete e entraríamos em negociação, com a condição do parecer não ser aprovado. A proposta foi apresentada como era: resultado de uma negociação que possibilitasse o diálogo sem a necessidade de recurso à força.
Mais algumas falas foram feitas e, ao fim, encerraram-se os debates (cada conselheiro tem direito a apenas uma fala por pauta, tentei me reinscrever, mas de fato não era possível). Todos nossos representantes já falaram.
8. Encaminhamento das deliberações
Logo após o fim das falas, a Magnífica Reitora leu todos os diversas propostas de destaque e modificação do texto e propôs o encaminhamento: agora vamos votar o documento da CLR. O que? Como assim votar o documento sem apreciar a proposta de negociação apresentada? Questão de ordem: é requisito para a negociação (conseguida a duras penas na Assembléia reinstalada de estudantes) que o parecer não seja votado.
- Sim, e daí?
- E daí que, se o parecer for votado, entende-se que não há, por parte da Mag. Reitora disposição para negociação.
- Há total disposição da Reitora para negociação.
- Sim, mas nos fizemos uma proposta e gostaríamos que ela fosse avaliada.
- Não haverá mais questões de ordem e entraremos em regime de votação.
Esquematicamente foi isso que aconteceu. Todas as propostas de modificação do texto, todas as mais de 20 falas contrárias ao documento, toda a tentativa de abertura de diálogo e, inclusive a aceitação da suspensão do piquete para abrir negociações (requisito do documento), foram sumariamente ignorados pelo encaminhamento da mesa, que no ato de encaminhar mostrou sua não disponibilidade para negociação.
Não anotei, mas acho que os números do Evandro são mais ou menos os corretos (algo em torno de 60 votos favoráveis e 20 contrários à aprovação do documento, e algumas abstenções). O quorum do final da reunião era de 83 Conselheiros. As votações foram, em um primeiro momento, feitas levantando-se as mãos e, logo após, com cédulas. Pedimos que nas cédulas fosse escrito o nome (já que, regimentalmente, as votações são abertas). Pedimos em seguida que constasse na próxima ata a lista de votação, ou seja, o que cada Conselheiro votou. O pedido foi-nos negado, apesar de não haver nenhum motivo para tanto (já que o voto é aberto em todas as sessões do Co, e, em tese, poderia ser divulgado).
Nem mesmo nos encaminhamentos posteriores ganhamos. Tentamos incluir no item C "retomar negociações com alunos e servidores, caso necessário, somente após desobstrução dos acessos" para "retomar negociações com alunos e servidores, em uma comissão de negociação tripartite", e a supressão dos itens A e D das recomendações. Perdemos. O único destaque aprovado refere-se ao horário limite para que seja chamada a polícia: 18h de hoje (29/05).
9. Encerramento da reunião
Algumas várias votações perdidas depois (para ter direito a declaração de voto, para termos acesso a lista de votantes e ciência de seus votos, para que os encaminhamento fosse diferente, etc.), após o encaminhamento do último destaque, a Magnífica Reitora encerrou sumariamente (sem dar direito a declaração de voto como alguns pediram) a reunião. Tal encerramento sumário causou revolta e ela voltou atrás, retomando a discussão. Nesse momento, porém, ninguém mais estava disposto a ouvir. Todos começaram a se levantar a sair. Os professores que nos apoiaram, os estudantes e funcionários saíram arrasados e literalmente tratorados da reunião. Já os vencedores, também não tinham ficado satisfeitos com as longas discussões para apenas realizar o que tinham ido fazer ali: ratificar uma decisão já previamente tomada pela Reitora. Enfim, reunião desgastante para todos os lados.
10. Avaliação
Antes de escrever o relato, achava que eu teria uma longa avaliação a fazer, agora me sinto um pouco exausta. Espero ter exposto um pouco todos os absurdos ocorridos na reunião do Co. O problema da deslegitimação do movimento, porém, já era previsível quando decidimos (decidimos?) não realizar o V Congresso, o que considero um grande erro político.
Porém, para ser sincera, depois da reunião do Conselho Universitário, fiquei um pouco cética quanto às possibilidades de mudança institucional que passem por aquele fórum de deliberação. Aliás, estou bastante pessimista em relação aos debates do Regimento da Pós-Graduação, já que a forma de encaminhamento das deliberações é determinante quanto às possibilidades de resultado. Não sei, assim, se haveria grande (ou qualquer) influência nossos posicionamentos sobre a estatuinte, mesmo que tirados no V Congresso. Sem dúvida, porém, sua não realização enfraquece nossa política.
Chego a quase concordar com o Brandão, que disse: vou exercer meu direito de espernear, porque não espero convencer ninguém aqui, com qualquer fala. Após 4 horas de reunião, pouca argumentação favorável ao parecer e sua aprovação maciça, de forma bastante autoritária, tenho que concordar um pouco com ele. Eu tinha uma visão um pouco idealista, que acreditava que o discurso político poderia conquistar corações, mentes, e sensibilizar para problemas apontados. Hoje, acredito que aqueles corações e mentes já estão conquistados e muito pouco dispostos a repensar suas posições, que por vezes podem lhe trazer certos benefícios. Enfim, estou um pouco mais cética e mais triste com os rumos da Universidade depois de ontem.
Espero ter dado um retrato do que foi a reunião. Desculpem-me algumas idéias e a forma de exposição confusa: agora são 7h da manhã, escrevo desde às 5h30.
Ester Gammardella Rizzi
Representante Discente da Pós-Graduação no Co
Diretora da APG